Ou deveria dizer, relatos de um tio? HAHA s2
... GLADIUS - DIÁRIO DE UM DOMINADOR BDSM ...: Minhas histórias - Lolita:
As festas temáticas dentro do BDSM têm uma característica que,
particularmente, gosto. O fato de este Universo ser baseado em
hierarquia e verdade termina sendo também uma dimensão de tolerância e
aceitação do “diferente”.
Os mais variados tipos dos Universos adjacentes tendem a se sentir a
vontade para viverem suas respectivas naturezas num lugar onde realmente
ninguém se sente nem ofendido e nem ultrajado.
E lá estava eu, no mezanino que da uma boa visão da pista de dança e das
mesas. Apoiado de cotovelos num corrimão tubular de metal fazendo uma
das coisas que mais gosto de fazer... observar.
Observar para mim é algo natural. Não sou bom em reconhecer pessoas por
instinto então, sistematicamente, observo o cenário checando se as
ideias correspondem aos fatos. Somando isso a um lado meu todo voyer,
mais a sensibilidade natural do designer (minha profissão) e a
curiosidade instintiva sobre o comportamento humano, termino sendo um
obsessivo devorador de informações visuais.
A festa rolando intensa e abaixo de mim um rol imenso de entes humanos
que deixaram seus personagens baunilha na chapelaria da festa. A maioria
apenas saindo de um personagem interpretar outro.
Entre eles, flutuando em meio à multidão de um lado para o outro, um
pequeno ponto de luz. De repente não conseguia mais tirar os olhos dela e
comecei a observar os detalhes para tentar entender o por quê.
Duas coisas me chamaram a atenção a princípio. De um lado um efeito
devastador que a simples presença dela causava na vizinhança imediata a
ela e, de outro, uma aparente completa indiferença da parte dela em
relação aos danos causados por este efeito.
Um velho amigo se aproxima e ao meu lado também se posiciona de
cotovelos no corrimão tubular e comenta, “que menina linda”. Nesse
momento percebi que o efeito causado por ela não era apenas local.
Cochas grossas, cintura fina, carinha de anjo, ou seja, nada de tão
especial assim, numa primeira avaliação, era apenas uma mulher linda,
algo que basicamente não me chamaria à atenção, pois para chamar a minha
atenção a fêmea tem que ser muito mais do que linda... e ela esta
estava chamando a minha... e de toda a festa.
Ela ia de um lado para o outro flutuando e o caminho se abria para ela.
Mulheres incomodadas, homens se virando para olhar e ainda um pequeno
séquito de babões para os quais ela dedicava o melhor de sua
indiferença.
Uma menina linda como aquela, circulando entre todos, parando para
conversar a cada passo e aparentemente desacompanhada. Realmente, um
espécime novo que merecia ser observado um pouco mais de perto. Um tipo
de personagem que tinha visto em ação em um filme, que em parte mexeu
comigo, quando assisti na década de noventa, e que tinha o nome de
“lolita”.
Desci para o meio da arena e me posicionei bem no centro do salão.
Depois de vários amigos que me abordaram para cumprimentar, um deles
parou e o papo se estendeu um pouco. Do nada entra em cena ela... a
lolita... derrubando por completo o raciocínio da pessoa que falava
comigo.
Ele era um conhecido dela que se aproveitou disso para uma abordagem
espetacular. Com o meu amigo emudecido ela me olha direto nos olhos e
com uma carinha de anjo dispara. Você é o GLADIUS?
Ok... a menina me impressionou com a abordagem franca e direta. Não
consegui deter um sorrisinho e respondi que sim. Ela abriu um enorme
sorriso que iluminou um rosto perfeito, daqueles que nasceram para serem
fotografados, e também iluminou a minha a noite.
Parecia uma criança... tanto no jeito de falar, quanto no comportamento.
Tudo isso dentro de um belo corpo de fêmea. Naquele instante, cenas do
filme lolita começaram a passar na minha mente. Ela sabia o que estava
fazendo e começou a falar do meu Blog e de que gostava do que eu
escrevia.
Assim, o jogo da lolita comigo começou. Enquanto eu começava a mapear o
que aquele ser reluzente, fiz o que faço de melhor.... comecei a jogar
também com ela.
Acho que ela se sentiu a vontade para jogar comigo, por causa de dois
comportamentos que são um padrão. Para começar, não me intimido com
nenhum tipo de criatura. Também não é um hábito de minha parte “atacar”
ou no mínimo exercer qualquer tipo de pressão sobre uma mulher.
Resumindo, eu não me abalo e nem disparo cantadas.
O assunto sobre os textos do Blog se estendeu para filosofia BDSM e eu
me sentia comentando uma aula com uma aluninha muito interessada.
Daquelas mais interessadas mais no professor do que na aula.
Não gosto de ficar em pé durante muito tempo e disse a ela que iria
sentar. Fui para o palco e lá sentei na beirada. Ela veio e se sentou ao
meu lado... colada no meu corpo. Na hora eu senti a eletricidade e a
intensidade daquele pequeno ato de transgressão. Ela cruzou um limite,
porque sabia que eu não iria reagir ou misturar as coisas... estávamos
jogando... a intensidade aumentando... e ela se sentindo cada vez mais a
vontade para me “lolitar”... e lolitou.
Às vezes um dos personagens que ela atraia se a atrevia a tentar entrar
no jogo... mas o que estes não entendiam é que este não é um jogo para
personagens. Assim, como o BDSM verdadeiro, o jogo das lolitas é para
gente grande.
Eu me sentindo cada vez mais velho e ela... mais nova.
Ela se completando trazendo a sua meninina a tona e eu me completando em
dar a segurança e a base para que tudo isso acontecesse. Sentia um
misto de êxtase e satisfação em ter sido escolhido para estar naquele
jogo.
Então no momento certo a liberei... não queria que a conversa se
tornasse enfadonha e cansasse a criança que conversava comigo. Levantei
pedindo licença e me fui. Olhei para traz e pisquei para ela ainda
sentadinha no palco. Ela me devolveu a piscadela com o sorrisinho mais
maroto e sacana que já tinha visto.
A festa seguiu... papeei com várias pessoas... subi no palco para dar
dicas de chicote longo para duas iniciantes... ela seguiu flutuando pela
festa.... ela e seu séquito de personagens babões.
Eventualmente nossos olhares se cruzavam... trocavamos sorrisos
discretos, marotos e cheios de cumplicidade... era o jogo continuando...
algo que ninguém mais estava vendo acontecer.
Já no final da festa, fui para um sofá de canto. Ele fica numa espécie
de degrau que o deixa mais alto, fazendo com que seja um posto de
observação privilegiado. E lá descansei enquanto a lolita parecia estar
em todos os lugares para onde eu olhava.
Por algum motivo para mim desconhecido naquele momento, ela começou a
provocar a todos que podia. Chegando, agarrando e beijando na boca. Fez
isso com meninos e meninas. Mas não com os babões... que se limitavam a
segui-la de perto. Era como se ela quisesse mostrar para os babões quem
mandava ali.
Mas uma coisa estava bem fora do que ela estava acostumada. Eu.
O único que em muito tempo não se curvou diante dela. Que não quis corromper a “menininha”.
De repente e do nada surge a molequinha sentada no braço do sofá e com o
corpo voltado para mim. Se debruça e começa um papinho com amenidades
diversas... o objetivo dela ali não era conversar... era viver a sua
lolita... e o meu... degustar toda uma nova gama sensações e
possibilidades.
Então se afastou para mais uma rodada de desbunde geral e humilhação imposta aos babões e depois voltou.
Voltou para o grande desfecho... e que desfecho.
Voltou para o braço do sofá e me olhou direto nos olhos. Nesse momento
eu falei que me preparava para ir embora e ela se atirou na minha
direção montando na minha cocha e ficando bem de frente ... de pernas
bem abertas e quase me encochando.
Parou com a boca a milímetros da minha.
Era seu último e derradeiro teste. De minha parte, mantive a bola em
jogo, me fazendo de indiferente e deixando que ela se extasiasse com a
sua menininha totalmente desnudada e segura no meu colo.
Senti a tensão chegar no limite... senti a respiração e a satisfação
quase orgástica da parte dela. Falei pra ela em tom de brincadeira...
foi bom para você? Ela entendeu e sorriu. E de repente este Dominador
que vos fala, acostumado a escravizar, usar e abusar impiedosamente de
algumas fêmeas especiais, sentiu vontade de algo diferente.
Olhando para aqueles rosto angelical tive a vontade de no lugar de
escravizar, criar uma lolita de estimação. Um tipo de mulher que não
seria feliz como escrava, que não é em nada submissa, que se presa,
perderia o seu brilho e felicidade.
Uma lolita nasceu para ser livre e só um moleque idiota tentaria
aprisionar um ser que ama flutuar e provocar. Que é perfeito do jeito
que é e que sempre que alguém tentar pegar, como o ar, vai escapar entre
os dedos.
Eu com a minha boca a milímetros da dela falei... vc se aproximou...
sabe o meu nome... e com certeza, se quiser, vai saber como me achar. A
segurei de forma firme pela cabeça e dei um beijo paternal na sua testa.
Fim do jogo. Resultado... um delicioso empate.
Ela sorriu, acariciou meu rosto com o dela como se fosse uma gatinha manhosa e se afastou.
Me despedi dos amigos e me fui.
Na mesma madrugada ela me achou...
e ganhou um “Tio” (maneira preferida por ela para se referir a mim)
e eu...
uma lolita de estimação.
GLADIUS MAXIMUS